A parada é a seguinte, o
deputado Marco Feliciano se mostrou publicamente despreparado para exercer
qualquer cargo público, e em especial uma coordenação de direitos humanos. É um
acinte às conquistas democráticas, um atraso nos avanços que fizemos nas
questões de etnia e gênero. Ninguém pode usar o dinheiro público para propagar
a exclusão, a desigualdade, o
preconceito e o racismo. Espero que Dilma, a Maria do Rosário, o Congresso, o
Senado, o Supremo Tribunal, alguém que também ame a nossa pátria nos ouça: O
País não o quer, senhor Marco Feliciano! O senhor declarou que a escolha do seu
nome para essa pasta dos Direitos Humanos incomodou o “reino das trevas”. Quem
são os habitantes desse reino, eu? Os inúmeros militantes, trabalhadores e
pensadores de um país socialmente mais são? Considerando o seu pensamento a
respeito dos negros e homossexuais como pessoas de segunda categoria e
amaldiçoados, me espantou que seus pais fossem negros. É verdade que via- se
nos traços, e nos cachos crespos de um cabelo devidamente alisados do filho,
mas pela sua ira contra os pretos, pensei que fossem antepassados mais
longínquos os de negros de sua família. Mas, hoje está estampado nos jornais a
foto do senhor deputado entre seus negros pais, o que torna mais bizarra sua
atitude, a auto negação explícita de sua origem e formação étnica, e sua
"escrota" e ignorante maneira de ver a homossexualidade. Nem vou
comentar o ridículo, a "desatualidade", o contra senso desta cabeça
em querer instituir o ensino religioso evangélico em todas as escolas, num
Brasil multicultural, sincretista, e, à duras penas, liberto dos princípios da
ditadura. Até os evangélicos já declararam que esse senhor não os representa.
Vamos nos mobilizar, expor nossa opinião na rede. Vamos tornar insustentável
essa decisão que ameaça nossas conquistas e ainda promete atrofiar as cabeças
dos que estão formando agora o seu saber. Um homem que atenta contra sua
própria origem e história tem muito o que conhecer, tem muito o que se
desenvolver numa boa escola de direitos humanos para aprender primeiro a se
aceitar, se compreender, se receber e se perceber. A história é a seguinte: não
pode assumir uma pasta de Direitos Humanos quem contra eles atenta......Elisa
Lucinda
Não tenho o que acrescentar nessas palavras magníficas da querida Elisa Lucinda. Só nos resta aprender a votar, para que no futuro, não tenhamos que amargar duras consequencias!!!! Gilberto Teixeira