A esquadra partiu de Salvador rumo ao Rio de Janeiro, onde chegou no dia 8 de março, desembarcando no cais do Largo do Paço (atual Praça XV de Novembro).
Os membros da Família Real foram alojados em três prédios no centro da cidade, entre eles o paço do vice-rei Marcos de Noronha e Brito, conde dos Arcos, e o convento das Carmelitas. Os demais agregados espalharam-se pela cidade, em residências confiscadas à população assinaladas com as iniciais "P.R." ("Príncipe-Regente"), o que deu origem ao trocadilho "Ponha-se na Rua", ou "Prédio Roubado" como os mais irônicos diziam à época.
A chegada repentina dessa leva ao Rio de Janeiro, na época, com cerca de 50 mil habitantes , criou problemas de todo tipo.
A cidade que os estrangeiros acharam suja, feia e malcheirosa começou a se expandir e cuidar de sua aparência, abrindo-se às modas européias. Para zelar pela segurança e policiamento da cidade, foi criada, ainda em
Durante o período de permanência de D. João no Rio de Janeiro, o número de habitantes da capital dobrou, passando dos cerca de 50 mil para algo em torno de 100 mil pessoas. Chegaram europeus das mais diversas nacionalidades, com diferentes objetivos. Além daqueles que vinham "fazer negócio", muitos outros vinham tentando "fazer a vida". Eram espanhóis, franceses, ingleses, alemães e suíços, entre outros, das profissões mais variadas, como: médicos, professores, alfaiates, farmacêuticos, modistas, cozinheiros, confeiteiros, padeiros, joalheiros, livreiros, barbeiros, etc. Formavam um expressivo contingente de mão-de-obra qualificada. Na época o local preferido para a instalação de suas atividades era a Rua do Ouvidor que era a rua mais larga, limpa e melhor pavimentada. Instalavam-se no Rio, também, representantes diplomáticos, pois a cidade se tornara a sede do Governo português.
Estima-se que rapidamente a cidade dobrou de tamanho. O Brasil teve avanços importantes com a vinda da família real. Houve a abertura dos portos à “nações amigas”, a rigor, uma atitude pragmática de legalização do imenso contrabando que havia entre a colônia e a Inglaterra, com a conseqüente arrecadação de impostos. O País deixou de ser vice-reino e passou a ser a sede da monarquia luso-brasileira. O Rio de Janeiro transormou-se em Corte e recebeu em curto período de tempo várias melhorias: Jardim Botânico, Biblioteca, tipografia, seu primeiro jornal, uma companhia de seguros, a fundação do Banco do Brasil, uma fábrica de pólvora e a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios (atual Escola de Belas Artes – UFRJ), entre outros.
Quase todos esses monumentos criados naquela época ainda podem ser vistos no centro do Rio, mas a história não pára por aí, aliás a história do Estado do Rio nem começa aí, já que cidades como Magé e Nova Iguaçú, por exemplo, datam de muito antes da vinda da Família Real cá.
Em outro post falo um pouco mais sobre esses e outros bairros do Estado do Rio de Janeiro, assim como o significado de seus nomes. Vamos falar também na importância da chegada da ferrovia ao nosso Estado e sobre o abandono em que se encontram.
Por falar em ferrovia, participo de uma Comissão, que faz parte da AFPF (Associação Fluminense de Preservação Ferroviária) e, que luta pela reativação da 1ª Ferrovia do Brasil que, infelizmente, hoje se encontra abandonada e esquecida pelas nossas autoridades.
Um forte abraço e até breve.
PARABÉNS!!!!
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