domingo, 4 de outubro de 2009

Seguimos Contando Nossa História

Largo do Machado: passou a ter esse nome por causa de um açougue que existia na época e que exibia um enorme machado à porta. Entretanto, antes de se chamar Largo do Machado, seu primeiro nome foi Campo das Pitangueiras, depois passou a ser Campo das Laranjeiras. Á partir de 1843, chamava-se Largo da Glória (por causa da igreja do mesmo nome) e em 1880, após a morte de Duque de Caxias, foi nomeado: Praça Duque de Caxias, onde durante muitos anos, exibiu-se o monumento a Caxias, transferido mais tarde para diante da Praça da República, no Palácio Duque de Caxias.

Flamengo: não se sabe ao certo a origem do nome, mas existem várias versões. Uma delas é que o nome tenha sido dado devido á grande quantidade de flamingos existentes na região. Essa teoria é baseada no trecho do livro de memórias “O Rio de Janeiro Como é”, do militar alemão C. Schlichthurst, que relata o seguinte: "… e passam voando os flamingos com o esplendor de suas cores brilhantes e borboletas variegadas de tamanho nunca visto…".

Campo Grande: na época da fundação da Cidade do Rio de Janeiro em 1565, passou a pertencer à grande Sesmaria de Irajá. Antes da Freguesia Rural de Campo Grande começar a prosperar, sua ocupação foi influenciada pela antiga fazenda dos jesuítas, em Santa Cruz. A partir da segunda metade do século XIX, a área começou a se adensar com a implantação, em 1878, de uma estação da Estrada de Ferro D. Pedro II em Campo Grande. O transporte ferroviário facilitou o acesso e, seu povoamento transformou esta região tipicamente rural em urbana. Em 1894, a empresa particular Companhia de Carris Urbanos ganhou concessão para explorar a linha de bondes à tração animal, possibilitando que as localidades mais distantes da região fossem alcançadas, o que favoreceu o seu desenvolvimento urbano interno. A partir de 1915, os bondes à tração animal deram lugar aos bondes elétricos, permitindo maior mobilidade e integração entre os núcleos semi-urbanos já formados. Este evento acentuou o adensamento do bairro central de Campo Grande e estimulou o florescimento de um intenso comércio. Com isso, o bairro que, historicamente, já era o ponto de atração do crescimento da região tornava-se agora sua mola propulsora, adquirindo características tipicamente urbanas.

Madureira: a fazenda do Campinho fazia parte da sesmaria do Irajá. O proprietário da Fazenda era o capitão Francisco Ignácio do Canto e o arrendatário, um boiadeiro de nome Lourenço Madureira. Com a morte do capitão, iniciou-se uma disputa judicial entre o arrendatário e a viúva do proprietário, Rosa Maria dos Santos, que saiu perdedora. Lourenço Madureira então, deteve a propriedade do imóvel até falecer, em 16 de fevereiro de 1851. Do desenvolvimento da fazenda surgiu a semente do que viria a se tornar no bairro de Madureira. Até 1858 o acesso àquelas paragens era feito a cavalo, mas com a chegada dos trilhos da Central do Brasil em 1858 a construção da estação “vizinha” Cascadura. Somente em 1896 foi construída a estação local, que recebeu o nome de Madureira em homenagem ao boiadeiro.

Cascadura: foi meio complicado achar o significado exato para o nome do lugar, nem sei se os que vou citar aqui são de fato o que deu origem ao nome, entretanto, continuo minha pesquisa e souber de alguma outra novidade, faço questão de publicar.

Maria Graham, em 1824, publicou em Londres um livro com o título “Diário de uma viagem ao Brasil” no qual relata um passeio a fazenda Santa Cruz e faz referência ao local de “Casca d’Ouro”, próximo ao Campinho. Alguns estudiosos dão versão para origem do bairro, dizem que o povo passara a expressão Casca d’Ouro para Cascadura.

Entretanto, o jornalista e historiador Max Vasconcellos, em seu trabalho “Vias Brasileiras de Comunicação”, atribui o nome do bairro ao fato de que por ocasião dos trabalhos de abertura da estrada de ferro os operários tiveram grande dificuldade de remover com picaretas a pedreira (casca dura) próxima da estação de trem. No entanto outra versão é dada por antigos moradores, sendo o nome uma referência ao antigo Barão Tereré (Região de Minas Gerais), que fazendo uma visita à Fazenda, por sua natureza arrogante despertou repúdio dos moradores locais, os quais lhe atribuíram à designação de Casca Grossa, mais tarde sendo modificado para Cascadura.

Itaguaí: em tupi, Itaguaí seria a junção das palavras (Ita + Guay) que significaria "lago entre pedras" ou ainda uma derivação da palavra Tagoahy, que quer dizer "água amarela". O que comprova esta segunda hipótese, foi à existência um aldeamento dos jesuítas, chamado de Taguay, e que possuía este nome justamente porque a água captada no local possuía uma tonalidade amarelada. Itaguaí foi fundada em meados do século XVII com a migração dos índios da ilha Jaguaramenon para o Morro da Cabeça Seca atraídos pelo governo Martim de Sá que pretendia criar um entreposto na região. Com o tempo os missionários se mudaram para a Fazenda Santa Cruz e deixaram o povoamento indígena.

Seropédica: O nome deriva da sericultura - criação do bicho da seda. O distrito De Seropédica foi fundado em 1844. Lá foi construída a primeira Fábrica de Tecidos de Seda do Brasil.

Em artigo publicado no Jornal do Comércio da época, está documentado em ilustrações, o trabalho realizado na fazenda Seropédica do Bananal de Itaguaí e a qualificação da melhor seda do mundo. Em 1938 começou a ser construída a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro utilizando um dos prédios da antiga Fábrica de Seda. Em 1948, a UFRRJ transfere seu campus para as margens da antiga Rodovia Rio - São Paulo, hoje BR-465, iniciando-se o desenvolvimento urbano de Seropédica.

Queimados: Há três versões mais prováveis para seu nome. A primeira diz que, quando o imperador Dom Pedro I passou por aquela região, por ocasião da inauguração da estação de trem, viu uma grande queimada que estava sendo feita dos laranjais nos morros, e chamou o lugar de "Morro dos Queimados". A segunda diz que o nome é referente aos corpos de leprosos queimados, aos montes, que morriam num leprosário que ali existia, onde hoje se situa a Estrada do Lazareto, uma das principais vias do município. Há ainda uma terceira versão, que afirma que o nome da cidade provém dos escravos fugidos das fazendas, que eram mortos e tinham seus corpos queimados pelos seus senhores.

Passou a categoria de município em 1991, quando se emancipou de Nova Iguaçu.

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